sexta-feira, 3 de abril de 2009

Correção: Justine - os infortúnio da virtude estréia dia 21 de abril no satyros 2 - 21 h

Hoje no ensaio faltando exatos 19 dias para a estréia, e com o espetáculo ainda por terminar (falta muito pouco!), dei uma escapadela da coxia e sentei na platéia para assistir parte do espetáculo da qual não faço parte:
Bolhas multicoloridas que surgem e desaparecem em um ritmo frenético, esquizofrênico, louco. É assim que as cenas se constroem e se diluem no espaço. Um pequeno exemplo disso é o surgimento da costureira, do padre e por aí vai... Vontade de rir com a exótica Du Buisson e seu “gramelônico” assistente, e finalmente na cena dos Harpin uma inacreditável experiência estética, com os eletros carregados pelas diversas Justines mascaradas. E de repente... Tudo some. Palco vazio novamente. Tudo começa a se reconstruir. Pausa para a cena do julgamento. Então sou pega de supetão, esganada, arrebata pela criminosa Dubois. Choro de desespero. Inexplicável. Retomo a respiração e me preparo para assistir a cena do marquês de Bressac (uma das minhas preferidas do lado de lá da coxia), e me espanto com a violência que nunca havia visto nela antes. Lá atrás vejo um ator passando por trás da coxia ainda invisível... E poderia ser assim mesmo. Com Justine caída toda ensanguentada, me ponho a chorar novamente. Ela se recupera e segue sentido Convento de Saint Marie dês Bois, sigo atenta a movimentação de cada ator que desenha no meu imaginário, junto com a trilha e iluminação) um cenário gigantesco e fantático de diversas situações e acontecimentos. É hora de voltar, mas o ensaio acaba. Vontade de mais.
Reflito: Rodolfo Garcia Vázquez, Ivam Cabral(que não está tão perto, mas sempre presente) e a Cia Os Satyros vão além da alquimia que fazem com as diversas linguagens teatrais. Inventaram a nova dramaturgia e seguem na experimentação de um novo rumo para as interpretações.

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